"Fotos batem palavras". O All Things Digital inicia assim o texto sobre crescimento da popularidade do Instagram, tema que ganhou bastante ressonância na semana passada. Não se trata apenas da quantidade de perfis, mas de engajamento e retenção. Em agosto, o Instagram teve uma média diária de 7,3 milhões de usuários ativos nos EUA. Já o Twitter, 6,9 ​​milhões.
As pessoas também ficam mais tempo no Instagram. Em agosto, os norte-americanos passaram, em média, 257 minutos no aplicativo de imagens. O Twitter perde novamente nos dispositivos móveis: no mesmo período, o serviço alcançou 170 minutos de uso.
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Não se deve, contudo, fazer uma leitura polarizada do consumo mobile. Para além da disputa desses dois serviços, os celulares ganham diversos  fins. O ideal é observar dados mais abrangentes, que incluam, por exemplo, outras redes sociais, entretenimento, jogos... Em suma, monitorar o uso como um todo, e não fragmentos (divulgados sempre com muito alarde). Daqui a pouco, surge outra pesquisa na qual a indústria da informação apregoa a supremacia das notícias em dispositivos móveis, seguida de outra no qual um serviço multimídia gaba-se do consumo de vídeo ou música...
Quanto mais gente passa a usar celulares, a base de consumidores fica mais diversa, indo além dos early adopters. Ou seja, dados atuais  e plurais são importantes não apenas para registrar instantâneos, mas para acompanhar tendências ao longo do tempo.
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Retomando o mote do início do texto. No geral, o Twitter é mais popular que o Instagram. Entretanto, se no exterior o Twitter se sobressai, no Brasil ele perde força
Não deixa de ser curioso, todavia, o recurso ter sido ultrapassado em celulares. Lembro-me, no início do apogeu do Twitter, de várias entrevistas dos criadores do serviço de mensagens curtas apontando que a ideia só passou a fazer sentido com o advento e popularização dos celulares inteligentes.